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Mediação de conflito na escola: 3 dicas práticas
É natural que em algum momento os nossos desejos e anseios sejam opostos ao das outras pessoas, e por isso, os conflitos tornam-se inerentes à vida e por consequência ao ambiente escolar. Porém, o estímulo para a mediação de conflito na escola vai muito além do objetivo de resolver um problema, pois essa é uma grande oportunidade para que os alunos se desenvolvam emocionalmente. E não são só eles saem ganhando quando há este estímulo, mas a escola também. Uma vez que o relacionamento com as famílias se fortalece quando ocorrem resoluções bem sucedidas.
Para ajudar você nessa importante e desafiadora tarefa, vamos compartilhar 3 dicas práticas para a resolução de conflitos, baseadas na metodologia desenvolvida por Aline Basso, especialista em resolução de conflitos e treinadora de pais e alunos.
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1- Comunicação
Tanto o conflito quanto a sua mediação são permeados pela comunicação, que pode ser a causa das tensões ou o meio para a sua resolução. Pensando no ambiente da escola, é muito importante levar em consideração as particularidades dos dois públicos que ela atende para que a comunicação seja satisfatória.
Para os alunos é importante criar espaços de aprendizagem, como rodas de conversa, para que eles aprendam a se posicionar e expressar o que pensam. No Colégio Ellos, rodas de conversa são promovidas pelo menos uma vez ao mês e são mediadas por uma psicóloga. Nelas, os alunos têm a possibilidade de falar sobre situações de conflito, o que está incomodando na sala de aula ou na família, sobre bullying, separação de pais e também sobre curiosidades sexuais. Para Walkiria, diretora e coordenadora do colégio, "é muito válido e positivo a criança saber tomar posição sobre algo ou defender aquilo que ela acredita respeitando o professor ou ao superior".
O cenário é bem diferente quando pensamos no outro público que a escola atende: os pais. Apesar de pagarem as mensalidades, não são eles que estão em contato com a escola diariamente. E mesmo em tempos de pandemia, o maior contato continua sendo com os alunos. Por isso, é muito importante ter um canal de comunicação que propicie um bom relacionamento com os pais. Escolha um canal que tenha uma boa taxa de leitura, que facilite o acesso dos pais a escola e que seja simples de usar, pois assim eles vão se sentir confortáveis para conversar com a escola e com isso o relacionamento vai ser fortalecido.
A quarentena também evidenciou que quando a escola não é a protagonista da sua comunicação, os resultados podem ser catastróficos. Uma comunicação paralela, em que os pais se comunicam entre si sem a participação da escola, gera dúvidas e desconfianças, o que pode ocasionar tensões e em muitos casos, resultar na evasão de alunos.
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2- Conexão
É por meio da conexão que nós geramos e mantemos relacionamentos. Paralelamente, esse conceito evoca o senso de pertencimento. Para Aline, "o ser humano, para se sentir bem, realizado e pleno, tem que sentir que pertence àquele ambiente, àquela família, àquela comunidade”. É esse senso que torna os clientes defensores e fiéis a instituição e consequentemente mais dispostos a solucionar conflitos quando eles acontecem.
E como gerar essa conexão?
Criando espaços e mostrando para os alunos, para as famílias, para os professores e demais colaboradores que todos pertencem a comunidade escolar. Para isso é preciso dizer o óbvio: o quanto o outro é importante. A escuta também é fundamental para gerar conexão, pois, se você não estiver disposto a ouvir o outro, você não consegue se conectar de fato com ele. Por isso, crie oportunidades para que todos possam falar, mas também serem ouvidos.
No Colégio Imperatriz Leopoldina, os alunos exercitam a mediação de conflito por meio do programa de desenvolvimento das habilidades emocionais. Nele, além da conexão, são trabalhados outros dois pilares: co-regulação e ação. Para Ruth, orientadora educacional, "ao resolver um conflito é necessário estar presente no diálogo e para tanto, propomos ouvir o outro de forma respeitosa."
Para Cláudia, coordenadora pedagógica do Colégio Acadêmico, a conexão é a primeira etapa para alcançar a resolução do conflito, pois, somente nos conectando com outro é possível entender o que originou a situação. "Estimulamos nossos alunos a buscarem a origem desse conflito, analisar a situação e propor uma solução. Em tempos de pandemia, fazemos isso virtualmente também", destaca a coordenadora.
É importante também que a escola fomente essa conexão com as famílias, chamando elas para participarem e estarem mais próximas. Com a rotina cada vez mais corrida é compreensível que elas não engajem com ações que demandam muito do seu tempo, por isso, maneiras mais simples como o envio de uma enquete interativa pelo ClassApp é uma boa solução para manter as famílias conectadas com a escola.
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3- Coragem
A coragem é um elemento fundamental na mediação de conflitos na escola. Por termos uma construção social em que o conflito é visto como algo negativo, nosso primeiro instinto é evitar essas situações e ainda postergar a sua resolução. Para mudarmos essa realidade é preciso construir boas referências e experiências. Walkiria conta que em 35 anos de escola já tiveram muitas situações de conflito e acredita que "o conflito às vezes tem o papel de nos tirar da zona de conforto e de nos mobilizar para a ação" e conclui que sempre busca passar essa visão para a sua equipe.
Para Aline, a coragem não é a ausência do medo e sim a decisão de agir, mesmo quando ele existe, assumindo a responsabilidade do que precisa ser feito.
Para Ruth, a forma de atuar, vendo os conflitos como uma oportunidade para promover a autonomia e o reconhecimento de si, produz sujeitos protagonistas, encorajados e empoderados. De acordo com a orientadora, "nesse modelo, os alunos sentem-se pertencentes, pois tem voz ativa."
Por isso, a coragem é uma característica importante a ser desenvolvida por todos que desejam estar aptos a resolver conflitos.

Apesar dos muitos desafios, a mediação de conflito pode ser uma grande aliada da escola no desenvolvimento emocional dos alunos e para a fidelização das famílias. E como vimos, essas três dicas práticas podem contribuir para que essa tarefa seja mais leve para todos. Conte para nós, quais destas dicas você vai usar na sua instituição?